Palácio do tempo do Rei Davi

Encontrado palácio do tempo do Rei David em Israel
Arqueólogos dizem ter descoberto dois edifícios reais do passado bíblico de Israel, incluindo um palácio suspeito de ter pertencido ao rei David.

Os resultados das escavações em Khirbet Qeiyafa - uma cidade fortificada a cerca de 30 km a sudoeste de Jerusalém - indicam que David, que derrotou Golias na Bíblia, governou um reino com uma grande organização política.

"Esta é uma prova inequívoca da existência de um reino, que soube estabelecer centros administrativos em pontos estratégicos", diz um comunicado dos arqueólogos Yossi Garfinkel, da Universidade Hebraica e Saar Ganor da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA).

A IAA anunciou a descoberta após uma longa escavação de sete anos no local. A agência do governo e a Israel Nature and Parks Authority pararam o projecto de construção de um bairro vizinho, na esperança de tornar o local um parque nacional.

Garfinkel disse anteriormente que Khirbet Qeiyafa poderia ser o local de Saaraim, uma cidade bíblica associada ao Rei David na Bíblia. Saraim significa "duas portas" e dois portões foram encontrados nas ruínas da fortaleza. Outros pesquisadores, por sua vez, alegaram este local pode ser Neta'im, outra cidade mencionada no livro 1 do Velho Testatmento.

Vista aérea do local onde foi encontrado palácio do tempo do Rei David em Israel


Análise de radiocarbono prévio sobre caroços de azeitona queimados no local datam entre 1020 AC e 980 AC, antes de ser violentamente destruída, provavelmente numa batalha contra os filisteus. Grande parte do palácio foi posteriormente destruído 1.400 anos mais tarde, quando uma fazenda bizantina foi construída no local.

No interior do complexo, os arqueólogos descobriram fragmentos de cerâmica e vasos de alabastro, alguns deles importados do Egipto. Os pesquisadores dizem que o prédio foi estrategicamente localizado na vista sobre a cidade e no Vale de Elah. 

Os escavadores também encontraram um edifício com colunas medindo cerca de 50 pés por 20 pés (15 m por 6 m), que provavelmente foi usada como um depósito administrativo.

Descoberta estrutura misteriosa debaixo do Mar da Galileia

http://www.ciencia-online.net/2013/04/descoberta-estrutura-misteriosa-debaixo.html
Uma gigante estrutura de pedra "monumental" foi descoberta sob as águas do Mar da Galileia, em Israel. Os arqueólogos estão intrigados quanto à sua finalidade e até mesmo há quanto tempo terá sido construída.

A misteriosa estrutura é em forma de cone, feito de pedras de basalto, e pesa cerca de 60.000 toneladas, disseram os pesquisadores. Isso faz com que seja mais pesado do que a maioria dos modernos navios de guerra.

Com quase 32 pés (10 mt) de altura, tem um diâmetro de cerca de 230 pés (70 mt). Para ter uma noção de perspectiva, o círculo de pedras de Stonehenge exterior tem um diâmetro de apenas metade, com as suas pedras mais a ficar abaixo dessa altura.

Trata-se de rochas empilhados em cima umas dos outros. Estruturas como esta são conhecidas noutras partes do mundo e são por vezes usadas ​​para marcar enterros. Os investigadores não sabem se a estrutura recém-descoberta foi utilizada para este propósito.

A estrutura foi detectado pela primeira vez no verão de 2003, durante uma pesquisa sonar da porção sudoeste do mar. Mergulhadores já foram investigar, escreveram os pesquisadores na última edição da revista International Journal of Nautical Archaeology.

"A inspecção por mergulho revelou que a estrutura é feita de pedras de basalto de até 1 m (3,2 pés) de comprimento, sem padrão de construção aparente", escrevem os pesquisadores no seu artigo. "As pedras têm rostos naturais sem sinais de corte ou de cinzelamento. Da mesma forma, não encontramos qualquer sinal de arranjo ou paredes que delimitam essa estrutura".

http://www.ciencia-online.net/2013/04/descoberta-estrutura-misteriosa-debaixo.html


Eles dizem que é definitivamente construída pelo homem e, provavelmente, foi construído em terra, só depois foi coberta pelo Mar da Galileia com a subida do nível da água. "A forma e composição da estrutura submersa não se assemelha a qualquer recurso natural. Concluímos, portanto, que é feita pelo homem e pode ser chamada de um monte de pedras", escrevem os pesquisadores.

Escavação arqueológica subaquática são necessárias para que os cientistas possam encontrar artefatos associados e determinar a data da estrutura e o seu propósito, disseram os pesquisadores. O pesquisador Yitzhak Paz, da Autoridade de Antiguidades de Israel e da Universidade Ben-Gurion, acredita que poderá datar mais de 4.000 anos.

Os pesquisadores listam vários exemplos de estruturas megalíticas encontradas perto do Mar da Galileia, que têm mais de 4.000 anos de idade. Um exemplo é o local monumental de Khirbet Beteiha, localizado a cerca de 19 milhas (30 quilómetros) a nordeste da estrutura de pedra submersa, escrevem os pesquisadores.

Se a datação para o terceiro milénio AC provar ser correta a estrutura seria colocada a cerca de uma milha a norte de uma cidade que os pesquisadores chamam de "Bet Yerah" ou "Khirbet Kerak." Durante o terceiro milénio AC a cidade era um dos maiores locais da região. Era a cidade mais poderosa e fortificada na região e, como uma questão de fato, em toda a Israel.

A equipa de pesquisa diz que, tal como os líderes da Bet Yerah, quem construiu a recém-descoberta estrutura no Mar da Galileia necessitaria de uma sofisticada organização e habilidades de planeamento para a construir. O "esforço investido em tal empreendimento é indicativo de uma complexa e bem organizada sociedade, com planeamento de habilidades e capacidade económica", escrevem eles em seu artigo da revista.

Paz acrescentou que "a fim de construir uma tal estrutura, muitas horas de trabalho foram necessárias", num esforço de comunidade organizada. Paz disse que espera que rapidamente se irá empreender uma expedição de arqueologia subaquática para definir a escavar a estrutura. Eles podem procurar artefatos e tentar determinar a sua data com certeza.

Qumran e os Manuscritos do Mar Morto

Khirbet Qumran (nome árabe moderno) está localizado na Cisjordânia, perto da borda norte do Mar Morto e é o lugar onde os Manuscritos do Mar Morto foram encontrados em cavernas próximas.

O primeiro assentamento foi criado durante a Idade do Ferro, mas foi abandonada há cerca de 2.600 anos, muito antes dos pergaminhos terem sido feitos. Trabalhos arqueológicos indicam que um segundo assentamento existiu entre cerca de 100 AC e 68 DC, quando foi capturada pelo exército romano e destruída num incêndio. O calor era tão intenso que modernos arqueólogos encontraram vasos de vidro "derretido". É neste povoado que muitos estudiosos acreditam que pelo menos alguns dos Manuscritos do Mar Morto foram escritos antes de serem escondidos.

Os primeiros exploradores encontraram Qumran, no século XIX, e o local ganhou nova importância com a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto. Os pergaminhos foram encontrados primeiramente em 1946 ou 1947, quando um jovem pastor com o nome de Muhammed Edh-Dhib estava a procurar uma cabra perdida. Durante década seguinte, pesquisadores locais beduínos e cientistas iriam descobrir os restos de mais de 900 manuscritos em 11 cavernas. Cada caverna está localizada perto de Qumran, a mais distante localizando-se a pouco mais de uma milha (1,6 km) a norte do local.

Os pergaminhos encontrados incluem cópias do Génesis, Êxodo, Isaías, Reis e Deuteronômio, entre outras obras canónicas da Bíblia hebraica. Eles também incluem calendários, hinos, salmos apócrifos (não-canónicos) bíblicos e regras da comunidade. Um pergaminho é feito de cobre e descreve a localização de um tesouro enterrado. Não houve evangelhos do Novo Testamento encontrados nas cavernas.

Estudo dos estilos de letra dos manuscritos, junto com datação por carbono-14, indicam que eles foram escritos entre cerca de 200 AC e 70 DC, com o pergaminho de cobre tendo sido escrito talvez algumas décadas mais tarde. A grande maioria dos pergaminhos são escritos em hebraico com um número menor em aramaico e apenas alguns em grego (embora o grego fosse um idioma popular na época). A maioria dos pergaminhos foram compostos em couro (pele de cabra e de ovelha em particular).

Uma análise recente de têxteis encontrados com os pergaminhos mostra que os tecidos foram originalmente usados como roupa. Eles são todos feitos de linho (mesmo que a lã fosse a peça mais popular na época) com a maioria deles sem decoração. Os pesquisadores afirmam que, de acordo com relatos históricos esses tecidos são semelhantes ao que as pessoas pertencentes a uma antiga seita, chamada essênios, usava.

Qumran é muito pequena e nunca cresceu muito acima de um acre. A sua população pode não ter sido maior do que algumas dezenas de pessoas. Um trabalho arqueológico recente de Yitzhak Magen e Yuval Peleg da Autoridade de Antiguidades de Israel indica que em torno de 100 AC um posto militar avançado dos Hasmoneus, com uma torre de vigia e estábulos foi construído em Qumran. Os Hasmoneus foram uma dinastia de governantes judeus que controlavam um estado centrado na moderna Israel.

Em 63 AC, os romanos tomaram o controle do reino dos Hasmoneus, e trabalhos arqueológicos indicam a transição de Qumran para o uso civil. Magen e Peleg escrevem que por volta deste tempo, o fornecimento de água do local foi "triplicado" com a construção de um aqueduto e piscinas adicionais. Ao todo, Qumran tinha oito piscinas escalonadas que alguns pesquisadores acreditam ser banhos rituais conhecidos como mikveh.

Porque o abastecimento de água foi aumentado é uma questão de debate. Um padre chamado Roland de Vaux, que escavou em Qumran há cerca de 50 anos atrás, e observou pela primeira vez as piscinas de água em degraus, argumentou que a população do local foi aumentando e a expansão do sistema de água foi necessário para beber e para banhos.

Magen e Peleg argumentam que isso é improvável. As suas escavações mostram que espaços residenciais em Qumran não aumentaram e que apenas dois ou três das piscinas foram escalonadas ritualmente adequadas para ser usadas como mikveh. Os pesquisadores afirmam que a produção de cerâmica foi a razão para o sistema de água de Qumran expandir. Eles apontam que "dezenas de milhares de fragmentos de cerâmica" foram encontrados em Qumran e suas escavações revelam que pelo menos uma grande piscina tinha uma grossa camada de argila do oleiro.

O povo de Qumran era aparentemente empenhado em escrever. Escavações de Vaux revelaram uma sala que ele chamou de "scriptorium", que tinha dois tinteiros, juntamente com bancos. Ele poderia ter sido usado para escrever pergaminhos e/ou registos de negócios, dependendo de como o local é interpretado. Qumran tem três cemitérios, sendo o cemitério principal localizado a leste do local. Estima-se que 1.000 túmulos estão localizados neles, alguns que datam do tempo de Qumran, mas outros datam de muito mais tarde.

Até agora, 46 túmulos foram escavados e publicados, dos quais 32 podem ser datados do tempo de Qumran, a maioria deles homens adultos. A completa falta de crianças e a presença de (no máximo) de apenas cinco mulheres sugere que um grupo monástico composto principalmente de homens vivia em Qumran.

7 Surpreendentes Achados Arqueológicos Bíblicos

Terra Santa: 7 surpreendente achados arqueológicos
Neste artigo damos uma vista de olhos a sete descobertas arqueológicas surpreendentes feitas na região, sendo algumas delas muito recentemente. 

Os achados datam da Idade do Bronze (há mais de 4.000 anos) até ao momento em que o Império Bizantino controlou a Terra Santa, hácerca de 1.500 anos atrás.

Amuletos de prata Ketef Hinom

Amuletos de prata Ketef Hinom


Em 1979, dois mini rolos de prata (na verdade, amuletos da antiguidade) foram descobertos em Ketef Hinom, um local arqueológico que foi agora incorporado no Heritage Center Menachem Begin, em Jerusalém. 

Datando de há cerca de 2600 anos , eles são escritos em paleo-hebraico e contêm a mais antiga passagem bíblica que sobrevive até hoje, parte de uma bênção sacerdotal encontrada em 6:24-26. Os amuletos dizer que o Senhor é mais forte do que o mal. Os investigadores pensam que os amuletos teriam oferecido proteção a quem os usava.

Khirbet Qeiyafa
Khirbet Qeiyafa


Khirbet Qeiyafa floresceu há quase 3.000 anos e está localizado a cerca de 30 km a sudoeste de Jerusalém. A muralha com dois portões estende-se por 2,3 hectares e alguns pesquisadores afirmam que é a cidade bíblica de Sha'arayim.


O local também pode ter desempenhado um papel importante durante a "Monarquia Unida" e, em julho de 2013, os pesquisadores anunciaram que tinham identificado uma estrutura com mais de 1.000 metros quadrados de tamanho, como um palácio que pode ter sido usado pelo Rei David.

Estrutura maciça do Mar da Galiléia

Estrutura maciça do Mar da Galiléia


Em 2013, pesquisadores relataram a descoberta de um grande marco de pedra sob as águas do Mar da Galiléia. Saíndo 10 metros do fundo do mar a estrutura tem um diâmetro de 70 mt, duas vezes o tamanho do círculo exterior de Stonehenge.

Estima-se que pesem cerca de 60 mil toneladas, mais pesado do que a maioria dos navios de guerra modernos. Os investigadores pensam que pode ter mais de 4.000 anos de idade, datando de uma época em que os níveis da água do mar eram mais baixos e uma cidade chamada "Bet Yerah" ou "Khirbet Kerak" ficava uma milha a sul da estrutura. O objectivo da estrutura é desconhecida.

Barco do Mar da Galiléia

Barco do Mar da Galiléia


Em 1986, dois arqueólogos amadores, explorando a costa do Mar da Galiléia no momento em que o nível da água estava baixo, encontraram os restos de um pequeno barco de madeira enterrado em sedimentos. 

Arqueólogos profissionais fizeram escavações e constataram que remonta a cerca de 2.000 anos. Essa data tem levado alguns a referem o achado como o "barco de Jesus", embora não haja evidência de que Jesus e seus apóstolos tivessem usado este barco específico. Recentemente os arqueólogos descobriram uma cidade que remonta a mais de 2.000 anos, localizada no litoral, onde o barco foi encontrado.

Manuscritos do Mar Morto

Manuscritos do Mar Morto


Um jovem pastor chamado Muhammed Edh-Dhib descobriu os Manuscritos do Mar Morto em 1946 ou 1947, perto do local de Qumran, no que é hoje a Cisjordânia. Durante a década seguinte, os cientistas e beduínos iria descobrir mais de 900 manuscritos localizados em 11 cavernas.


Eles incluem obras canónicas da Bíblia hebraica, incluindo o Génesis, Êxodo, Isaías, Reis e Deuteronômio. Eles também incluem calendários, hinos, salmos, obras apócrifas (não-canónicas) bíblicas e regras comunitárias. Um rolar feito em cobre descreve a localização de um tesouro enterrado. 

Os textos datam de entre cerca de 200 AC até cerca de 70 DC, quando os romanos silenciaram uma revolta em Jerusalém e Qumran foi abandonada. A autoria dos pergaminhos é uma fonte de debate. Uma teoria popular entre os estudiosos aponta para uma seita monástica chamada Essênios, que viviam em Qumran.

Fortaleza de Masada

Fortaleza de Masada


Identificado pela primeira vez em 1838, no topo da falésia, a fortaleza de Masada está localizada em Israel, perto do Mar Morto e foi o local de uma última posição durante uma rebelião contra os romanos. Uma equipa liderada pelo arqueólogo Yigael Yadin realizou escavações intensas na década de 1960. 

A pesquisa revelou que o rei Herodes (74 AC - 4 AC) construiu dois palácios com edifícios de apoio cercados por um muro, com quase um quilómetro de comprimento e 27 torres. O local ganharia fama quando, depois de uma rebelião contra os romanos, foi esmagado no ano 70 DC. 

Um grupo chamado os zelotes ocuparam a fortaleza com 960 pessoas e tentaram segurá-la contra um exército romano de cerca de 9.000 homens. Em 73 ou 74 os romanos conseguiram construir uma rampa de cerco até à parede, e os demais defensores decidiram tirar as suas próprias vidas ao invés de se renderem.

Mapa de Madaba

Mapa de Madaba


Descoberto numa igreja em Madaba, na Jordânia, em 1884, o mapa de Madaba é a mais antiga representação cartográfica da Terra Santa. Criado na forma de um mosaico que data entre 560-565 AC, originalmente mostrava uma área que se estendia do sul da Síria até ao Egito central. No momento em que foi descoberto, a maior parte do mapa já tinha sido destruída, porém, os seus restos incluem uma descrição detalhada de Jerusalém. 

Eisenach e Wittenberg completam roteiro pelas cidades de Lutero

Eisenach é famosa por abrigar o castelo de Wartburg, onde o reformador traduziu o Novo Testamento para o alemão. Em Wittenberg, está a igreja em cuja porta teriam sido pregadas as famosas 95 teses.
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O castelo de Wartburg, onde, em 1521, Lutero começou a tradução da Bíblia para o alemão
Eisenach foi uma das cidades mais importantes na vida de Lutero. O primeiro contato do reformador com a cidade foi por intermédio da escola local, que ele freqüentou de 1498 a 1501. Lutero era famoso entre os alunos e professores por ser um estudante dedicado e talentoso, reconhecido também por seu talento musical.
A casa na qual ele morou durante os seus primeiros anos em Eisenach é mais uma das "Lutherhaus" da Turíngia. Ela está preservada e é possível visitar a exposição de objetos relacionados ao seu mais ilustre morador. Eisenach também não poderia deixar de ter um monumento em homenagem a Lutero, erigido na Karlplatz e no qual o teólogo aparece com a Bíblia nas mãos.

Castelo de Wartburg
Wartburg bei Eisenach
Vista do pátio do castelo de Wartburg
Mas o ponto de visitação mais importante de Eisenach – e motivo pelo qual a cidade é conhecida – é o castelo de Wartburg. Usando o pseudônimo de Junker Jörg e com o cabelo e a barba crescidos, Lutero se refugiou no castelo na noite de 4 de maio de 1521 e por lá permaneceu cerca de dez meses.

Excomungado pelo papa e declarado herege pelo imperador Carlos 5º, Lutero foi protegido pelo príncipe eleitor da Saxônia Frederico, o Sábio, que o enviou ao castelo.
Mas o castelo de Wartburg não é famoso apenas por ter abrigado Lutero. Mais do que isso, foi lá que o reformador iniciou a tradução da Bíblia para o alemão – a lenda sustenta que Lutero verteu o Novo Testamento a partir do grego em apenas 11 semanas.
Conhecer o quarto no qual Lutero trabalhou durante a tradução que mudou o curso da história ocidental é o ponto alto da visita ao castelo. Bem preservado, o quarto oferece ao visitante a instantânea sensação de estar num local onde a história foi – literalmente – escrita.

Em Wittenberg
BdT Reformationstag
Vista interna da igreja em cuja porta foram fixadas as 95 teses
Lutero deixou Wartburg e retornou secretamente a Wittenberg em março de 1522. Os mais de 35 anos que o reformador passou na cidade fazem dela a mais importante na sua vida.

O então monge augustiniano se tornou professor da Universidade de Wittenberg – uma das mais antigas da Alemanha – em 1508. Quatro anos depois, ele concluiu seu doutorado. Pelo restante de sua vida, Lutero se manteve ligado à universidade, como professor.
A cidade abriga o maior museu sobre a Reforma do mundo. Ele está na casa na qual Lutero viveu por mais de 30 anos, seja como monge, seja como teólogo e marido de Catarina von Bora.

A "Lutherhaus" de Wittenberg reúne inúmeros objetos relacionados a Lutero, como uma cópia do anel de noivado de sua esposa, o hábito de monge do reformador e dezenas de pinturas de Lucas Cranach, o Velho, principal artista da Reforma e um de seus grandes propagandistas.

A dependência que desperta o maior interesse é o quarto no qual Lutero trabalhava e onde ele escreveu vários dos seus então famosos sermões.

As 95 teses
Foi em Wittenberg, durante os anos de 1510 e 1520, que Lutero extraiu de seus estudos da Bíblia a frase sobre a qual fundamentaria sua teologia (Romanos 1:17: "O justo viverá por fé").
Foi também em Wittenberg que Lutero se envolveu na controvérsia da venda de indulgências, com as quais o papa pretendia financiar a reforma da Basílica de São Pedro, em Roma. A compra de uma indulgência significava a remissão (parcial ou total) dos pecados do comprador ou da pessoa em nome das quais ela era comprada.
A revolta de Lutero com a venda de indulgências resultou nas famosas 95 teses, enviadas a Roma e, de acordo com a tradição, afixadas na porta da igreja do castelo de Wittenberg no dia 31 de outubro de 1517. Para os luteranos, a data é hoje conhecida como o Dia da Reforma.
Se a exposição das teses na porta da igreja do castelo de Wittenberg é controversa, o fato é que a porta original, de madeira, foi destruída em 1760, durante a Guerra dos Sete Anos. Em seu lugar há hoje uma porta de bronze, na qual estão reproduzidas as famosas teses. A igreja é, também, o local onde Lutero está enterrado, e uma visita a esse ponto-chave na história da Reforma Protestante é obrigatória para quem for a Wittenberg.

ISRAEL MODERNO - Documentário Arqueologia Bíblica


AS BEM-AVENTURANÇAS - Documentário Arqueologia Bíblica


DEZENAS DE SELOS DESCOBERTOS EM JERUSALÉM

Descobertas do período bíblico - Quem foi Ahyiav, filho de Menachem? Uma coleção de dezenas de selos indicando os nomes dos funcionários e datando dos dias do Reino de Judá antes da destruição promovida por Nabucodonosor II, rei da Babilônia, foram descobertas. As descobertas foram feitas em escavações realizadas nos últimos meses pela Autoridade de Antiguidades no Parque Nacional da Cidade de Davi em Jerusalém.
Os selos (bulas, dos quais a palavra "selo postal" é derivado) são pequenos pedaços de argila usados ​​nos tempos antigos para documentos. Quando uma carta chegava ao seu destino com o selo partido, isto indicava que a carta tinha sido aberta antes de chegar ao seu destino.
Embora as cartas não tenham sobrevivido ao grande incêndio que ocorreu em Jerusalém com a sua destruição. Os selos feitos de cerâmica tipo argila - foram preservados graças ao fogo, deixando testemunho sobre a existência das cartas e até mesmo as pessoas por trás delas.
De acordo com Ortal Kallaf e o Dr. Joe Uziel, diretores da escavação em nome da Autoridade de Antiguidades de Israel: "nas inúmeras escavações na cidade de David foram encontradas dezenas de selos, atestando a administração desenvolvida pela cidade durante o período do Primeiro Templo.
Nos últimos estágios do período, desde o rei Ezequias (cerca de 700 AC) até a destruição de Jerusalém em 586 AC - os nomes dos funcionários aparecem na inscrição hebraica antiga. Através dessas descobertas, aprendemos não só sobre a administração desenvolvida na cidade, mas também sobre as pessoas que viveram e serviram no setor público ".
Algumas das bolas mencionam nomes bíblicos, alguns dos quais ainda são usados ​​hoje - por exemplo, Pinchas. Uma bula particularmente interessante foi escrita, "Ahyiav ben Menahem". Estes dois nomes são conhecidos no contexto do Reino de Israel; Menahem era o rei de Israel, enquanto Ahyiav não aparece na Bíblia, mas seu nome é semelhante ao nome de Acabe - o rei de Israel, que é notório pelas histórias do profeta Elias, embora a ortografia do nome seja ligeiramente diferente. Também no Livro de Jeremias na Septuaginta, e em Josefo (Antiguidades dos Judeus 15: 7-8).
Calaf e Uziel acrescentam que a aparência do nome de Ahyiav é interessante por dois motivos principais. O primeiro é um testemunho adicional dos nomes familiares da Bíblia que aparecem na Judéia no período que pré-destruição do Reino de Judah. "Esses nomes são, aparentemente, parte da evidência de que, após o exílio das tribos de Israel, refugiados do Reino do Norte chegaram a Jerusalém e se tornaram parte da administração em Jerusalém", explica o Dr. Uziel.
A segunda razão é que o selo levanta entre os estudiosos é que os dois nomes que aparecem na bulla - Achiyav e Menahem - eram os nomes dos reis de Israel.
Embora Ahab(Acabe) seja retratado como uma figura indesejada na Bíblia, o nome continuou a ser usado - embora em uma versão completa na ortografia. Tanto na Judéia do fim do período do Primeiro Templo, como refletido no Livro de Jeremias e no selo, até após a destruição - no exílio babilônico até o tempo do Segundo Templo, Josefo.
Esta rara coleção de selos junta-se ao tesouro dos selos descobertos nos últimos anos na Cidade de Davi e nas outras áreas antigas de Jerusalém, que fortalecem nossa compreensão do status administrativo e econômico de Jerusalém durante o período do Primeiro Templo. Eles contribuem grandemente para a investigação de muitos tópicos e questões relacionadas à sociedade e cultura contemporâneas. Auxiliam no estudo do Hebraico bíblico, escrita hebraica antiga, arte, literatura e muito mais.
Os vários achados arqueológicos descobertos nas recentes escavações serão apresentados pela primeira vez ao público em geral na 18ª Conferência de Pesquisa da Cidade de David. A conferência arqueológica anual do Instituto Megalim ocorrerá nesta quinta-feira, 7 de setembro, no Parque Nacional da Cidade de Davi em Jerusalém.
Fonte e Imagens: Autoridade de Antiguidades de Israel

Arqueologia renovada

Recursos de ponta da tecnologia, que vão de drones e robôs a análises de DNA, estão transformando profundamente os estudos arqueológicos
Recriação virtual de Jerusalém na época do Novo Testamento: a tecnologia está ampliando o leque para a pesquisa arqueológica (Foto: T. Halverson/BYU)

Além de pás e picaretas, o kit de exploração dos arqueólogos modernos inclui cada vez mais ferramentas de alta tecnologia. A lista abrange, por exemplo, drones, robôs, scanners 3D, mapeamento a laser, imagens de satélites, GPS, radar de penetração no solo, tablets, smartphones e sequenciamento genético. Com esse arsenal high tech, o trabalho dos especialistas em desenterrar o passado para jogar luz na história da humanidade tornou-se mais eficiente, rápido e preciso. Também ajudou a realizar descobertas que de outra forma seriam muito difíceis ou impossíveis, como achar grandes construções enterradas, criar mapas 3D de ruínas de antigas civilizações, explorar navios naufragados há séculos e definir de que doenças sofriam pessoas que viveram há milhares de anos.
Historicamente, a arqueologia sempre foi uma área de estudos bastante interdisciplinar. Ao longo do tempo, ela soube se valer de tecnologias desenvolvidas a partir de pesquisas de outras ciên­cias, como biologia, química, física e engenharia. Isso começou a ficar mais claro a partir da década de 1940, quando os arqueólogos estiveram entre os primeiros cientistas a usar a tecnologia então surgida de datação de corpos e objetos por radiocarbono ou carbono-14. O mesmo ocorreu nos anos 1960, quando foram criadas as técnicas de sensoriamento remoto. “Novas tecnologias dão uma qualidade muito maior no registro das descobertas e um potencial interpretativo exponencialmente superior”, diz o arqueólogo brasileiro André Strauss, atualmente na Universidade de Tübingen, na Alemanha.
Ele próprio trabalha com várias dessas técnicas novas. Um exemplo é o projeto de escavação do sítio arqueológico Lapa do Santo, uma caverna situada em um maciço calcário em Matosinhos, a 60 km de Belo Horizonte. Ele fica na região de Lagoa Santa, onde foi descoberto o fóssil humano mais antigo das Américas, chamado hoje de Luzia, com cerca de 11 mil anos. “Em Lapa do Santo demos uma grande ênfase no uso de novas tecnologias de documentação, em especial na geração de modelos tridimensionais dos sepultamentos humanos”, diz Strauss. “Usamos drone, GPS e outras tecnologias, além de fazermos impressões 3D dos ossos encontrados.”

Cópias virtuais

Essa técnica faz parte da chamada arqueologia virtual – a produção de modelos tridimensionais de artefatos ou esqueletos. O processo é denominado virtualização de acervos. Ou seja, cria-se uma “cópia” virtual do material, a partir da qual é possível fazer análises em ambiente 3D, sem risco de danificar o objeto real. Exemplos incluem o estudo da morfologia dos ossos, análise de marcas de corte, remoção de deformação plástica gerada pela passagem do tempo e estudo de estruturas anatômicas internas. Outro exemplo é a virtualização durante as escavações. “No caso da Lapa do Santo, temos interesse especial nos sepultamentos humanos”, diz Strauss. “Desde 2011, geramos um modelo 3D antes de retirar cada um dos que encontramos do sítio. É um nível de detalhe muito grande.”
Acima e abaixo, trabalho em Lapa do Santo: exemplo do estudo de fósseis com ferramentas avançadas (Fotos: USP)
Muitos desses modelos vir­tuais podem ser “impressos” numa impressora 3D. Foi isso o que Strauss fez com o crânio do caso de decapitação mais antigo da América, para posterior reconstrução facial. Ele tem cerca de 9 mil anos de idade e foi encontrado um metro debaixo da terra. Portanto, tinha sofrido deformações. “Utilizando tomografias médicas, gerei um modelo virtual dele”, conta. “A partir desse modelo, apliquei uma série de algoritmos geométricos que permitiram remover a deformação. Com o modelo ‘corrigido’, fizemos a impressão do crânio e a enviamos para uma especialista em reconstrução facial forense. Foi um trabalho interdisciplinar.”
Para Strauss, o “sequenciamento genético de nova geração” é a mais revolucionária das novas tecnologias. Basicamente, ela torna possível a extração de DNA de ossos antigos. “O campo da arquegenômica permite responder a uma série de perguntas que antes seriam impensáveis”, diz. “As análises do DNA antigo (aDNA) podem identificar a contribuição de diferentes componentes genéticos em populações pré-coloniais, a relação delas com as demais e testar se um dado povo moderno é equidistante a cada indivíduo pré-colonial.”

Saúde revelada

Outra técnica utilizada para povos antigos é a análise de proteínas, feita a partir de tecidos retirados de múmias. Com ela se descobriu, por exemplo, quais doenças afetavam populações incas que viveram há 3 mil anos no Peru. Analisar os isótopos (átomos de um mesmo elemento químico que têm quantidade igual de prótons no núcleo e diferente de nêutrons) em ossos de povos ancestrais revela o que comiam. Tomografias computadorizadas, por sua vez, foram utilizadas na múmia de uma antiga princesa egípcia de 3.500 anos e revelaram que, quando viva, ela possuía artérias obstruídas.
Imagens obtidas do alto podem revelar estruturas antigas não perceptíveis no nível do solo, como em Angkor (acima) e Banteay (abaixo), no Camboja (Fotos: Divulgação)
Técnica semelhante, usada para fazer um escaneamento tridimensional de alta resolução na tumba do faraó Tutancâmon, que reinou no Egito entre 1336 e 1327 a.C., levou à descoberta de duas passagens para duas câmaras até então desconhecidas. Depois do achado, o governo do país autorizou, em 2015, o uso de radar de penetração no túmulo no Vale dos Reis. O mesmo tipo de equipamento que será usado na tumba permitiu a descoberta, em setembro de 2015, de um grande monumento de pedra enterrado a menos de 3 km de Stonehenge, no Reino Unido, com mais de 90 rochas enfileiradas, algumas com até 4,5 metros de altura.
A revolução na arqueologia passa também pelos satélites e drones (os quais podem ser equipados com vários tipos de sensores e câmeras), assim como o LiDAR, do inglês Light Detection And Ranging. Esse último é um equipamento parecido a um sonar, mas que usa luz em vez de som para gerar informações espaciais. Montado em helicópteros, pequenos aviões ou drones, o dispositivo emite pulsos de laser que rebatem no solo e voltam para ele. Verificando o tempo que cada um leva para voltar, o LiDAR calcula a distância até os objetos e gera um mapa topográfico do sítio, mesmo se oculto sob a copa fechada das árvores. Graça a ele, cientistas encontraram cidades perdidas, como a “Cidade Branca”, na região de Mosquitia, em Honduras.

Parentesco confirmado

Uma fração do genoma de europeus e asiáticos provém dos neandertais (Foto: iStockphotos)
O arqueólogo Lucas Henriques Viscardi, do Departamento de Genética do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que usa o sequenciamento de DNA antigo para compreender a evolução de populações humanas sobre as quais não há registro histórico, dá um exemplo de o que se pode obter com essa tecnologia: a comprovação de que neandertais e humanos conviveram e se miscigenaram no passado. Por décadas, lembra ele, arqueólogos, antropólogos e biólogos debateram sobre a convivência e miscigenação dessas espécies.
O debate ocorria mesmo não havendo, até recentemente, provas confiáveis de que ambos teriam tido algo além de uma relação de estranhamento e conflitos. Não havia tampouco provas do contrário. Arqueólogos já haviam achado artefatos relacionados às duas espécies em um mesmo sítio. “Na mesma direção, antropólogos e biólogos apontavam alguns indivíduos que apresentavam morfologia intermediária entre as duas espécies, mas tal cenário de convivência pacífica não recebia muito crédito no meio acadêmico”, observa Viscardi. “Com a realização do sequenciamento do genoma do neandertal foi possível descobrir que europeus e asiáticos atuais compartilham de 1% a 4% do seu genoma com eles, o que demonstra nossa história de convívio com esse grupo.”